skip to Main Content

O Natal e o cristão

É lícito o cristão se envolver com o Natal?

O Natal é uma evolução de costumes e uma mistura de tradições, tanto culturais quanto religiosas. Para entender melhor o significado do Natal e sua relação com as práticas cristãs, é importante começar com um estudo histórico abrangente.

A estranha necessidade de celebrar o nascimento de Jesus.

A história tem raízes que remontam a cerca de 2500 anos depois de Adão, após o dilúvio e a arca de Noé. Nesse contexto, surge um grande líder chamado Ninrode, que se destacou entre todos os homens da terra. A Bíblia relata em Gênesis 10:8-10:

“E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E foi poderoso caçador diante do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.” (Gn 10:8-10)

Quando o texto se refere a Ninrode como “poderoso caçador diante do Senhor”, não está falando de um caçador de animais, mas de alguém que perseguia e afrontava os desígnios de Deus. A cidade de Babel que ele fundou tornou-se símbolo de rebelião contra Deus, especialmente com a construção da Torre de Babel, uma tentativa de criar um nome para si e desafiar a soberania divina (Gn 11:4).

“E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” (Gn 11:4)

De acordo com tradições extra-bíblicas, Ninrode era um líder poderoso que estabeleceu um império rebelde. Após sua morte, Semiramis, sua mãe (e segundo algumas lendas, também sua esposa), deu início a um sistema religioso que o associava ao sol. Semiramis foi posteriormente venerada como uma deusa da lua, criando uma simbologia de adoração ao sol e à lua, marcada pela união incestuosa entre ambos. Aqui  nasce a simbologia famosa da união entre o Sol e a Lua, tendo origem em Semiramis e Ninrode.

A Lenda de Tamuz e a sua mãe

Semiramis teria tido um filho chamado Tamuz, que, de acordo com tradições babilônicas, nasceu no dia 25 de dezembro, o que coincide com o solstício de inverno no hemisfério norte. Tamuz é descrito como a reencarnação de Ninrode, e sua mãe o declarou um “salvador” para a humanidade. Isso deu origem à veneração de Tamuz, frequentemente representado como uma estrela associada ao sol, enquanto sua mãe era representada segurando-o nos braços, o que gerou várias imagens religiosas ao longo da história. Exemplos de representações semelhantes incluem:

  • Isis e Hórus no Egito,
  • Devaki e Krishna na Índia,
  • Shingmoo e seu filho na Ásia.
  • Nammu e Enki na Sumeria.
MARIA E JESUS

O 25 de Dezembro e Suas Origens Pagãs

Com a confusão de línguas e a dispersão dos povos após a construção da Torre de Babel (Gn 11:8-9), essas crenças e símbolos se espalharam pelo mundo, adaptando-se a diferentes culturas. A ideia de um “grande homem” responsável pelo bem da humanidade, associado ao sol e cujo filho nasceu em 25 de dezembro, tornou-se um tema comum em várias tradições religiosas.

Exemplos notáveis DO DIA 25 DE DEZEMBRO EM CULTURAS PAGÃS:

  • Sol Invictus: Culto romano que celebrava o nascimento do sol invencível no dia 25 de dezembro.
  • Mitra: Um deus persa cujos adeptos também celebravam seu nascimento nessa data, associando-o à luz e renovação.
  • Saturnália: Festival romano que ocorria durante o solstício de inverno, onde havia trocas de presentes, banquetes e celebrações.
  • Deuses e deusas pagãos: Em várias tradições pagãs e pré-cristãs, o dia 25 de dezembro era associado ao nascimento de deuses e deusas relacionados à fertilidade, renovação e luz, como Átis, Hórus e muitos outros.

Essas influências culturais e religiosas se misturaram ao longo dos séculos, levando à adoção de práticas que, eventualmente, se associaram à celebração do Natal.

A data de 25 de dezembro, amplamente celebrada como o dia do nascimento de Jesus Cristo, na verdade, remonta a antigas festividades pagãs, como o culto ao Sol Invictus, celebrado no Império Romano, e a Saturnália, uma festa dedicada ao deus Saturno, que incluía trocas de presentes e comemorações. Além disso, muitos deuses da antiguidade, como Mitra e Tamuz, também eram venerados nesta mesma data como símbolos de renascimento e luz. Essas celebrações pagãs foram integradas ao cristianismo no século IV, quando o imperador Constantino oficializou o 25 de dezembro como a data para celebrar o nascimento de Cristo, numa tentativa de unificar o Império Romano, conciliando as tradições pagãs com a nova fé cristã.

JESUS

Com isto chegamos na primeira conclusão de que celebrar o nascimento de Jesus no soltício de inverno (25 de Dezembro) como uma celebração canonizada pela igreja católica é uma imitação ao paganismo.

O problema não é celebrar o nascimento de Jesus e convertê-lo em cortina para justificar tradições pagãs.

A Mistura de Símbolos Pagãos e Cristãos

Muitos cristãos, ao longo dos séculos, optaram por permanecer em silêncio ou aceitar essa mistura de símbolos pagãos com a celebração do nascimento de Jesus, acreditando que o significado cristão prevaleceria. No entanto, essa acomodação tem o potencial de converter o evento em algo impuro e desagradável aos olhos de Deus. A Bíblia nos adverte repetidamente contra a mistura de práticas pagãs com o culto a Deus:

“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti, e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: De que maneira serviam estas nações os seus deuses? Também eu farei o mesmo. Assim não farás ao Senhor, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao Senhor e o que ele odeia fizeram eles a seus deuses; até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses.” (Dt 12:30-31)

Esse texto ressalta a seriedade de não importar para o culto cristão práticas que foram originalmente dedicadas a deuses pagãos. Embora muitos vejam o Natal como uma celebração inofensiva e familiar, a incorporação de símbolos como a árvore de Natal, as festividades e até mesmo a data carregam um histórico de idolatria e cultos que contrariam os ensinamentos bíblicos.

Semiramis e Suas Associações com Divindades Posteriores

Semiramis, uma figura central nas tradições babilônicas, foi amplamente considerada uma grande deusa da liberdade e da fertilidade, venerada como a “deusa mãe”. Segundo algumas lendas, ela foi a mãe e esposa de Ninrode, e após a morte deste, teria consolidado um culto que a associava à lua e à vida eterna, enquanto seu filho Tamuz era venerado como o sol.

No entanto, interpretações esotéricas modernas, como as encontradas nas obras de Alexander Hislop no livro “The Two Babylons”, sugerem que o culto a Semiramis não desapareceu, mas foi transformado e adaptado em diferentes culturas ao longo dos séculos. De acordo com Hislop, o culto a Semiramis se fundiu com outras tradições religiosas e foi transposto para diversas divindades femininas, como Ísis no Egito, Istar na Mesopotâmia, e até mesmo a figura de Libertas, a deusa romana da liberdade.

Semiramis e a Deusa Libertas

A figura de Libertas, especialmente conhecida por sua representação na Estátua da Liberdade, tem sido frequentemente mencionada em teorias que conectam as religiões da antiguidade a símbolos modernos de poder e liberdade. Libertas foi uma deusa romana personificada como a representação da liberdade civil e pessoal, e suas imagens muitas vezes traziam um bastão ou uma coroa de raios de luz, elementos que remetem ao simbolismo solar.

Hislop e outros teóricos sugerem que essa conexão com a liberdade e o poder pode ser uma continuidade do culto de Semiramis, uma vez que ela também era associada à liberdade e ao poder. Em sua obra, Hislop argumenta que o sistema religioso babilônico, liderado por Ninrode e Semiramis, evoluiu e se misturou a várias outras tradições pagãs, sendo absorvido e reinterpretado em diferentes culturas ao longo dos milênios. Essa visão de um “sistema babilônico” supostamente perene e em evolução pode ser vista como a origem de uma “religião mundial” esotérica que persistiu de forma simbólica.

Outras Divindades Associadas

Além de Libertas, outras divindades femininas foram interpretadas como versões de Semiramis, como:

  • Ísis no Egito, que é frequentemente representada como uma mãe segurando seu filho Hórus, similar às imagens de Semiramis e Tamuz.
  • Istar, na Mesopotâmia, que foi venerada como uma deusa do amor, da fertilidade e da guerra.
  • Astarote, mencionada nas Escrituras (1 Reis 11:5), que representava um culto similar de fertilidade e poder feminino.

Essas divindades, embora distintas em suas culturas, carregam um simbolismo comum de fertilidade, poder e proteção materna, o que reforça a teoria de que Semiramis poderia ter sido o arquétipo original dessas representações ao longo da história.

MARIA

Semiramis e o Sistema Babilônico

Dentro desse contexto, a figura de Semiramis não apenas simbolizaria o poder feminino e a fertilidade, mas também a centralização do poder religioso e político que se originou em Babilônia e se espalhou pelo mundo. Muitos estudiosos esotéricos argumentam que essa fusão religiosa e simbólica teria criado um sistema babilônico que permeia as instituições e símbolos de poder até os dias de hoje.

A Estátua da Liberdade, como símbolo moderno, é frequentemente associada a essa continuidade esotérica. Sua coroa com raios solares e sua postura altiva podem ser vistas como um eco das antigas divindades solares e do culto à fertilidade, que começaram com Semiramis e foram reinterpretados em novas formas ao longo dos séculos.

Há uma tentativa constante de influência e infiltração do rebelde sistema babilônico em nossa cultura, perpetuando tradições pagãs e disfarçando-as com uma fachada cristã. Um dos exemplos mais claros dessa infiltração é a celebração do 25 de dezembro, que, historicamente, possui origem pagã, mas foi adaptada ao cristianismo ao longo dos séculos.

A árvore, PROIBIDA por Deus.

A criação de árvores e pinos para adoração foi uma prática antiga pagã que foi proibida e condenada por Deus.

Não plantarás nenhuma árvore poste/ídolo (Assera) junto ao altar do SENHOR teu Deus, que fizeres para ti”. (Dt 16:21)

  • A cultura da idolatria era representada, em diversas culturas, como árvores, pelo seu tamanho, cor, dureza ou forma.
  • Assera era uma deusa representada como um tronco de madeira de pé enfeitado e moldado.
  • Nessa determinação, Deus proibiu qualquer relação com idolatria com o sagrado de Deus.

Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com machado; 4 Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova”. (Jr 10:3)

  • Este é outro texto falando de como a idolatria acompanhava sempre as árvores enfeitadas.
  • Neste versículo fala, especificamente, de um tronco de bosque enfeitado, moldado, pregado numa base e enfeitado de ouro e prata.
  • Não importa se o Natal fala do nascimento de Jesus, a árvore é, em sua natureza, uma representação às idolatrias que Deus abomina.
  • Hoje, tristemente, vemos muitas igrejas colocando a árvore de Natal no altar da igreja.
  • Será que eles sabem o que isso representa no mundo espiritual? Ou só fazem pela estética, deixando a ignorância criar um ambiente de abominação?

A festa de Natal como representação do nascimento de Cristo foi instituída nesta igreja, PARA CONTINUAR COM O PAGANISMO DE FORMA ESCONDIDO DENTRO DOS COSTUMES CRISTÃOS.

Papai Noel

A história do Papai Noel (ou Santa Claus, como é conhecido em várias partes do mundo) tem raízes profundas e variadas, que evoluíram ao longo dos séculos a partir de diferentes figuras e tradições culturais e religiosas. A versão moderna do Papai Noel é o resultado de uma mistura de personagens históricos, lendas, tradições pagãs e influências comerciais. Aqui está um resumo de como ele evoluiu até a figura que conhecemos hoje:

1. São Nicolau: O Início

A figura central por trás de Papai Noel é São Nicolau de Mira (ou São Nicolau de Bari), um bispo cristão grego que viveu no século IV na região da Ásia Menor, hoje a Turquia. São Nicolau era conhecido por sua generosidade e bondade, especialmente em relação aos pobres e necessitados. Ele se tornou famoso por suas histórias de caridade, como a lenda de que ele secretamente deixava moedas de ouro nas meias de famílias necessitadas.

Seu ato mais famoso foi ajudar três irmãs pobres, que estavam destinadas à escravidão porque seus pais não podiam pagar seu dote de casamento. Nicolau jogou sacos de ouro pelas janelas delas à noite, salvando-as dessa situação. Essa generosidade fez de São Nicolau o padroeiro das crianças e dos marinheiros, e sua popularidade espalhou-se por toda a Europa.

2. A Transformação em “Sinterklaas” na Europa

Durante a Idade Média, a devoção a São Nicolau cresceu, especialmente na Europa do Norte e Central. Nos Países Baixos, ele era conhecido como “Sinterklaas” e era celebrado em dezembro com trocas de presentes. As tradições associadas a Sinterklaas incluíam uma figura bondosa que distribuía presentes para as crianças no dia 6 de dezembro, data do dia de São Nicolau.

Os imigrantes holandeses levaram a tradição de Sinterklaas para os Estados Unidos, onde, com o tempo, o nome e as tradições foram americanizadas para “Santa Claus”.

3. A Evolução para Papai Noel

Nos EUA, no início do século 19, a figura de Santa Claus começou a tomar a forma que reconhecemos hoje. Escritores e poetas americanos começaram a descrever Santa como um personagem alegre e mágico que entregava presentes na véspera de Natal. Um dos marcos importantes dessa evolução foi o poema “A Visit from St. Nicholas”, mais conhecido como “The Night Before Christmas”, escrito em 1823 por Clement Clarke Moore. O poema descreve Santa como um homem alegre e rechonchudo que viaja em um trenó puxado por renas, descendo pelas chaminés para deixar presentes.

A imagem de Santa Claus continuou a evoluir ao longo do século 19, e o ilustrador Thomas Nast, através de suas ilustrações para a revista “Harper’s Weekly” na década de 1860, consolidou a imagem de um Santa Claus barbudo, usando roupas vermelhas, com um cinto e botas pretas.

4. O Papel da Coca-Cola

Uma grande parte da imagem moderna do Papai Noel foi popularizada por uma campanha publicitária da Coca-Cola nas décadas de 1930 e 1940. O ilustrador Haddon Sundblom criou as icônicas imagens de Papai Noel para a Coca-Cola, retratando-o como o homem alegre, de bochechas rosadas, usando um terno vermelho com detalhes brancos, como conhecemos hoje. Embora a Coca-Cola não tenha inventado Papai Noel, essas imagens ajudaram a cimentar a versão moderna em todo o mundo.

5. O Papai Noel Moderno

Hoje, Papai Noel é amplamente reconhecido como o símbolo da generosidade, do espírito natalino e da magia do Natal. Ele é associado a várias tradições, como:

  • O trenó e as renas: Papai Noel é dito viajar pelo mundo em um trenó mágico puxado por renas, sendo a mais famosa delas a Rena Rudolph, que surgiu em uma história de 1939.
  • O Polo Norte: Papai Noel vive no Polo Norte com sua esposa, a Mamãe Noel, e seus elfos que ajudam a fabricar brinquedos para as crianças.
  • Cartas e presentes: As crianças escrevem cartas para Papai Noel, pedindo presentes, e ele desce pela chaminé para entregar esses presentes na véspera de Natal.
  • Figura internacional: Embora as versões locais do Papai Noel variem (como o “Père Noël” na França ou o “Father Christmas” na Inglaterra), a figura de um homem bondoso que dá presentes na época de Natal é uma constante em muitas culturas.

O problema não é o significado cristão do Natal e sim as suas simbologias:

  • 25 de Dezembro (nascimento de Tamuz),
  • Árvore (adoração a Assera)
  • Estrela no topo (adoração a Tamuz)
  • Troca de presentes (Saturnália)
  • Papai Noel (personagem histórico que ajudava pessoas)

Deus proíbe qualquer atividade com postes de árvores enfeitados, imitar suas culturas pagãs e principalmente colocar a árvore no templo de Deus.

Deus não proíbe celebrar o nascimento de Jesus, mas incentiva LEMBRAR A SUA MORTE com a celebração da Ceia.

Aldery Rocha Júnior

Casado com Janet Castillo, criado no México. Filho da Pra. Osmarina Matos e do Pr. Aldery Rocha. Neto do missionário Jorge Matos.
Hoje é Diretor do Instituto Bíblico Roccastel, Mestre em Divindidade, com Especializações nos temas da Criação, Logísticas Eclesiásticas, Torá, Antropologia Bíblica, entre outros.

Carrinho
Back To Top